O anúncio provocou ondas de choque político em todo o maior país da América Latina, que conta com um ataque de milhares de apoiantes de Bolsonaro aos seus edifícios federais mais importantes no início do ano passado, após uma eleição presidencial historicamente divisiva. O caso contra o ex-presidente.
Desde que Bolsonaro foi derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deixou o cargo, ele e seus aliados se defenderam de várias acusações de corrupção contra autoridades dos EUA, incluindo o estado de vacinação de Bolsonaro, o mau uso de joias do Estado e o uso de vigilância governamental. Para espionar os inimigos.
Mas mais importante é a investigação supervisionada pelo Supremo Tribunal do Brasil sobre se o governo Bolsonaro planeia subverter a democracia brasileira e manter o seu controlo no poder, apesar do resultado das eleições presidenciais de 2022.
Na quinta-feira, a Polícia Federal compartilhou novas descobertas da investigação. Dois policiais, que falaram ao The Washington Post sob condição de anonimato para discutir a investigação com franqueza, disseram que a conspiração para roubar o poder estava mais avançada do que se sabia anteriormente. Envolveu planejamento logístico e tático e envolveu o envolvimento dos mais altos funcionários do governo brasileiro.
Nos meses que antecederam as eleições, Bolsonaro e os seus principais aliados fizeram acusações infundadas em público e nas redes sociais de que o sistema eleitoral brasileiro estava contaminado por fraude e já não era confiável. A polícia agora diz que os comentários faziam parte de um complô para fornecer cobertura política para o exército assumir o poder caso as eleições não ocorressem como eles queriam. A polícia diz que autoridades de Bolsonaro realizaram planejamento logístico e tático para executar a aquisição, em coordenação com autoridades militares.
Bolsonaro, que está hospedado em sua casa de praia perto da cidade costeira de Angra dos Reis, recebeu ordens da polícia para não entrar em contato com assessores sob investigação.
Bolsonaro negou as acusações, dizendo que foi vítima de processo político.
“Estou fora do cargo há mais de um ano e ainda continuo impune” Ele é citado Como diz a Folha de S.Paulo. “Esqueça-me”, acrescentou. “Agora você tem outra pessoa governando o país.”
As ações e revelações de quinta-feira certamente alimentarão a polarização política no Brasil, que está amargamente dividido sobre a presidência de Bolsonaro e o papel que ele desempenhou no ataque de janeiro de 2022 a Brasília.
O filho de Bolsonaro, Flávio, senador brasileiro, chamou a medida de “expedição de pesca” e uma “tentativa de destruir a direita”.
Lula, em entrevista à rádio durante visita ao estado de Minas Gerais na quinta-feira, disse não suspeitar do envolvimento de Bolsonaro em um plano para assumir militarmente o país.
“Isso não poderia ter acontecido sem ele”, disse Lula. “O comportamento dele foi muito estranho. Antes da eleição, ele passou o tempo todo mentindo sobre a eleição, sobre os votos, colocando em dúvida um processo que o elegeu em 2018. Foi uma pegadinha.